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SENHOR ENSINA-NOS A ORAR (Lucas 1.1-4)

Começaremos com esta meditação uma série de considerações em torno da oração. Aproveitaremos mais ou menos a divisão do assunto, conforme o livro "O Significado da Oração" de Harry Emerson Fosdick - 1878-1969.


I - UNIVERSALIDADE DA ORAÇÃO

1. No verso que intitula nossa meditação não temos um pedido para um desejo de orar. Temos, no entanto, um pedido para aprender a orar. Desejo de orar todo homem tem em maior ou menor escala e há mesmo oração em toda vida.

Em 1Crônicas6.32-33 temos expresso por Salomão essa ideia de oração universal. Também Atos 17.22-28 diz-se que o altar desconhecido surgiu da seguinte forma: "Era costume dos gregos selecionarem o altar em que deviam colocar suas preces nas festas anuais, por ferir um touro que ele corresse até morrer. O altar diante do qual caísse, seria o altar escolhido. Mas houve uma ocasião em que o touro caiu em lugar onde não havia nenhum altar. Desta forma decidiram erigir ali o altar ao deus que não conheciam".

Numa e outra passagem vemos ilustrado o fato de que a oração é universal. Como diz Fosdick: "A descrença é maior a de opiniões do que de impulsos". Mesmo as religiões como o Budismo, onde a oração é relegada a um plano secundário, por não ensinar a existência de Deus, ainda assim o culto budista é cheio de orações. Em Londrina-Paraná, há um templo japonês, shintoista, onde se dirige orações ao sol.

2. Por ser assim universal foi que uma africana, ao ouvir o primeiro sermão de sua vida, disse: E por isto que sempre disse. Você pode crer que existe um Deus. E agora sabemos quem ele é, não acha?


II - PRECISAMOS APRENDER A ORAR

1. A oração para ser eficaz preciosa ser bem orientada. Foi este o desejo profundo que os apóstolos sentiram ao ouvir Jesus orar. Suas palavras eram tão profundas, se bem que tão simples; seus gestos tão nítidos e a vitória de sua vida tão perfeita que os discípulos desejaram saber o segredo. "Ensina-nos a orar".

2. Diz-se que o viajante perdido nas montanhas do Himalaia orou assim: "Senhor, nós não sabemos o que é bom para nós. Tu o sabes. Por isto fazemos-te as nossas súplicas. O Maometano disse que há três graus de oração: Primeiro o da oração que não passa além dos lábios. Jesus reconheceu isto quando disse: "Esse povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim - Mateus 15.8-9. O segundo estágio é quando a alma, com alguma dificuldade consegue se concentrar em Deus

E o terceiro estágio é quando a alma sente dificuldade de sair da presença de Deus. Uma ilustração disto pode ser encontrada quando Pedro disse no Monte da Transfiguração: "Senhor, bom é estarmos aqui"... Mateus 17.4.


III - SENHOR, ENSINA-NOS A ORAR

1. Nesta oração existe um anseio profundo de auxílio. É a humildade do adorador que reconhece a sua ignorância nessa arte sublime, não obstante ser discípulo ou prazer no trabalho de Deus.

2. Em segundo lugar a oração é dirigida àquele que pode ensinar a orar. Somente ele pode ensinar essa bênção. A oração é dirigida assim a ele.

3. Inclinemo-nos em oração e peçamos a Deus que assim nos ensine a orar:

-- Senhor, ensina-nos a orar para que possamos ver em nossa vida as maravilhas do teu poder;

--- Ensina-nos a orar para que tua igreja receba nos dias em que vivemos o fluxo do Pentecostes, manifesto na conversão das multidões;

--- Ensina-nos a orar para que possamos usar todos os nossos dons e talentos à altura do teu desejo para conosco e para que outros vejam Cristo em nossas vidas;

--- Ensina-nos a orar para que possamos vencer as tentações com um poder completo;

--- Ensina-nos a orar para que compreendamos de modo perfeito o obstáculo à tua vontade;

--- Senhor, faze-me conhecer-te como tu és para que cada vez mais eu te ame, cada vez mais eu me alegre em ti e cada vez mais te possua.

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