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E ESTE CRUCIFICADO (1Coríntios 2.2)

Sermão pregado em 11.04.1954


Temos aqui uma revelação incompreensível ao homem comum. Aliás, o próprio apóstolo previne isto no verso 14 do mesmo capítulo. De fato. Como podia Paulo pregar salvação no mundo gentio por meio de um judeu que foi crucificado numa cruz romana? Mas era justamente este contra censo visa a incompatibilidade que consistia na pregação agonizante de Paulo na obsessão de um ministério glorioso.


I - RECORDEMOS O CRISTO CRUCIFICADO

1. Era a semana da Páscoa quando multidão incalculável enchera Jerusalém. A liderança religiosa tinha sido mais uma vez contrariada por Jesus no comércio quando que vinham fazendo com a religião. Para eles sua intervenção era arbitrária. Procuraram então um meio de anular tão deletéria influência. Colocaram dinheiro a reluzir, esperando que alguém se candidatasse. Judas aceitou a oferta e vendeu seu Mestre. Jesus foi Crucificado. Que cena triste aquela do Mestre entre dois malfeitores perdoando os algozes, salvando o ladrão penitente; cuidando de sua mãe sofredora e de seus amados discípulos com o carinho de Pai amoroso.

2. Qual o significado do Cristo pendurado no madeiro? Segundo a Palavra, "A alma que pecar essa morrerá... (Ezequiel 20.32). E a mesma lei acrescentava: "Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro... (Gálatas 3.12-14). Ao ver o Filho de Deus assim crucificado, só há a escolher um entre dois caminhos. A primeira hipótese no-lo apresenta como pecador. O salário do pecado é a morte. Teria ele pecado? Por suas palavras e pelo testemunho de tudo quanto tem escrito a seu respeito nunca homem algum ousou acusá-lo de pecar. Foi colocado numa cruz em benefício de outros.

3. Paulo sentia mais que ninguém o fato de quem morrera substitutivamente. Ele o chama de sua Páscoa. Ele o via na crucificação como o modelo de sua vida.

4. Precisamos pensar mais na cruz além das épocas especificadas de semana santa. A cruz pode servir de escândalo; mas nela temos também o grande estímulo. Pensemos na cruz, meditemos no seu significado de maneira permanente até podermos dizer "Este crucificado com Cristo".


II - PANORAMAS EM FOCO ATRAVÉS DA CRUZ

Na coluna de "Rio Antigo" publicado em uma revista aparece esta semana "O Panorama". Era o lugar onde grandes artistas publicavam suas pinturas telas. Pois bem, a cruz de Jesus é também "panorâmica". Ela não surgiu no cenário do mundo como um astro aos olhos curiosos de cientistas como uma lei física que espanta o seu descobridor pelo acaso da ocorrência. Não, meu amigos, na cruz de Jesus não há coincidência que nos levasse a dizer eureca como Arquimedes outrora. Na cruz temos:

1. O estado de desespero provocado pelo pecado. Foi o pecado do homem que colocou Jesus na cruz. Foi o descaso, o orgulho de muitos, o amor próprio que causaram a morte de Jesus (Isaias 53.4-6; 11,12).

2. Na cruz temos o duplo amor de Pai e Filho revelados de modo inequívoco. Qual é o maior amor? O amor do amigo, o amor do pai, o amor da mãe? Qual o maior amor? É o amor que não somente vê a falta mas busca corrigi-la, que não somente vê o desprezado mas que lhe dá a mão, que não somente nota a iniquidade, mas provê o remédio.

3. Na cruz temos o coração do Deus eterno quebrado de dor num esforço a mais para salvar o pecador. Charles H. Spurgeon (1834-1892) ao comentar a cruz disse: "Ela representa o último argumento, o último esforço de Deus". Antes da cruz o homem podia dizer que não lhe era possível. O pecado impedia sua vitória. Mas agora o caminho está aberto e só mesmo o coração rebelde, impenitente, duro, irreconciliável poderá desprezar a mão graciosa que se apresenta para elevar e salvar.

4. A cruz representa o epílogo de uma plano elaborado desde a eternidade. Desde a fundação do mundo Deus sabia do desprezado homem para com sua bondade; mas ainda assim seu desejo era salvar.

Há pelo menos duas coisas que o pecado causa ao homem: Separação, maldição. Mas o resultado glorioso é a vitória da salvação pela cruz. Aleluia.

 

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