Temos nestes poucos versos das Escrituras, duas parábolas que serão consideradas muito em breve. Na primeira, Jesus focalizou os servos vigilantes; na segunda, a infidelidade de servo escolhido. Passaremos muito em breve ambas, buscando tirar lições práticas para nós, principalmente no ambiente e espírito que precede a uma eleição.
I - O DEVER DA VIGILÂNCIA
O dever da vigilância dos servos do Senhor, serve como introdução nos pensamentos que nos vão seguir. Há duas idéias principais enfatizadas pelo Mestre:
1. Estejam cingidos os vossos lombos. Paulo, escrevendo aos Efésios, explica o dever de possuir o crente os lombos cingidos com a verdade, vestidos com a couraça da justiça – (Efésios 6.14). Pedro aconselha aos crentes cingirem os lombos do seu entendimento – (1Pedro 1.13), como que para dizer que quando o entendimento está cingido o resto vai tudo bem. Não há dúvida que o Senhor desejava ensinar o seu desejo que os crentes em seu nome estivessem prontos a cumprir suas responsabilidades dentro da expectativa do Mestre amado.
2. Notemos que o servo da parábola dá o exemplo de vigilância, pois que fielmente esperou a chegada do Mestre que havia ido às bodas. Possivelmente o Senhor voltou em hora anormal, isto é, tarde da noite, que em condições normais haveria de encontrar toda a casa adormecida. Mas na casa do servo fiel ele o encontra acordado com as lâmpadas acesas na varanda como prova de sua estima e fidelidade.
3. Há um dever de vigilância para todos os crentes e dever do crente de exercê-la. Vigilância na segunda vigília, tanto quanto na terceira. Os judeus dividiam a noite em três períodos, entre seis da noite e seis da manhã. Na dominação Romana havia quatro períodos nesse mesmo período de tempo. Jesus chama atenção à vigilância na hora mais difícil de exercê-la. a segunda vigília.
4. Há um dever de vigilância porque o Senhor pode vir como um ladrão de noite. Se um pai de família pudesse passar em estado de alerta fá-lo-ia para guardar a casa e dentro do possível tudo faria para guardá-la. Assim a fidelidade do servo do Senhor. Deve ser exercida ao máximo em todas as circunstâncias. Vale apena notar que Pedro estranhou as palavras do seu Mestre: "Mestre, parece-lhe que será difícil vigilância, não é? O Senhor está nos falando a nós também ou somente a multidão"?
5. A pergunta de Pedro foi respondida por outra parábola que mostra o dever particular de vigilância por parte daqueles que são agraciados com bênçãos e tarefas especiais. "Cuidado, vós que sois agraciados com privilégios especiais. Cuidado, não façais desses privilégios redutos de vaidade, mas oportunidade de serviço". Jesus por certo apresenta uma situação hipotética, mas buscando aliviar algo que poderia vir a acontecer e muitas vezes tem acontecido, abuso de privilégio. O abuso da graça, O abuso da posição nas esferas das dádivas de Deus.
II - A FIDELDADE DA VIGILÂNCIA
1. Ela traz bem-aventurança. Ela traz felicidade àquele que a exerce. Felicidade dele. Bem-aventurado. Raro e bem.
2. Ela traz um galardão imensamente maior do que o custo da mesma fidelidade. Notai o verso 37. O tamanho imenso do galardão parece indicar que a fidelidade será coisa muito rara. Fomos salvos para servir a Deus. Quando aceitamos todas as tarefas com alegria e determinação. Quando servimos pelo prazer de servir, então há crescimento nas próprias concessões que o Mestre nos faz: "O porá sobre todos os seus bens". O mandamento do Senhor em relação à vigilância é largo como o mundo, mas vasto como a eternidade é seu amor. Sua recompensa é certa.
III - A PARÁBOLA EM RELAÇÃO AO DIA DE HOJE
Aqui estamos como igreja. Somos todos servos do Senhor Jesus. Fomos salvos pelo mesmo sangue e gozamos dos mesmos privilégios e bênçãos. Há uma tarefa para cada um de nós. Temos de exercê-la - se é que desejamos ser fiéis. De que maneira a exercemos? Como servo infiel, cuja parte é dada com os hipócritas e infiéis? Como espírito de vaidade? Superioridade? Com desleixo?
Com que tristeza olhamos alguns no passado os quais provaram não terem sido dignos de tamanha honra. Hoje teremos novas oportunidade. Que ninguém se envaideça pela honra que receber, nem se esqueça da responsabilidade que essa honra lhe traz.
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