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ABERTURA DOS SEIS PRIMEIROS SELOS (Apocalipse 6)

Sermão pregado na  Igreja Batista da Tijuca, hoje Primeira Igreja Batista no Andaraí- Rio de Janeiro (RJ), em 20.01.1952

Vimos no grande capítulo 4 a visão do Rei assentado sobre o trono. Era a imagem de Deus como supremo. Onisciente e Onipresente, santo e majestoso. Mas este Deus assim majestoso convida o homem a subir para ouvir sua voz. O capítulo 5 nos mostrou a visão grandiosa e a mensagem de que Jesus e somente ele é suficiente e poderoso. Ele é o doce Cordeiro; ele é o ponto de ligação entre e criatura e o seu Criador. 

Hoje pensaremos propriamente na consideração do livro começando pela sublime mensagem que nos vem através do simbolismo dos cavalos, revelado pela abertura dos diversos selos do livro. É como se cada selo aberto colocasse diante de João a apresentação de uma página escrita.


I - A MENSAGEM  DO CAPÍTULO EM SEU TODO

1. A abertura dos selos colocava perante João fatos da história no presente ou no futuro e mesmo em relação a eventos no passado. Mas não continha decretos  de Deus a serem executados pelos homens.

2. Convém notarmos que esse primeiro drama descreve a obstinação de muitos em rejeitar os fortes apelos de Deus. Mas o clímax é encontrado no capítulo 11.15, onde se descreve a vitória final do Cordeiro.

3. Lembremos que a mensagem foi dada aos crentes sofredores e poderia ter sido entendida como uma mensagem mais ou menos assim: "Filhos, aqui estão fatos tristes da História; conquista, praga, guerra e morte. Aqui estão os homens obstinados a rejeitarem a luz que lhes é oferecida, mas lembrai-vos acima de tudo que Deus reina e a vitória final será sua". (Dr. Edward McDowell).


II - OS CAVALOS E SEU SIGNIFICADO

Já vos disse, creio, daquele intérprete do Novo Testamento que encontramos alguns anos atrás no sul do Brasil. Para ele o cavalo branco eram os aliados da Segunda Guerra Mundial; o cavalo vermelho era a Rússia; o cavalo preto Mussolini, o cavalo amarelo era o Japão. Uma maneira pitoresca de interpretar quando não se sabe bem o que se diz. Os cavalos aqui descritos representam fases da vida política vivida então.

1. O cavalo branco representava o desejo de conquista do império. Já no tempo de João desejo de conquista por quase toda a Europa e grandes partes da África e Ásia. Mas o dominador queria mais terra e mais gente.

(1) a cor branca simbolizava a vitória das hostes.

(2) o arco era o símbolo do poderio militar.

(3) coroa indicava soberania. Aqui está o domínio do militarismo retratado. Seja o militarismo insaciável de Roma Antiga ou das nações modernas tipificadas nas hostes de Adolph Hittler, Benito Mussolini e mesmo das nações aliadas que não fazem outra coisa senão acumular armas. O cavalo branco representa um sistema ou indivíduos, sejam Domício, Nero, Hitler ou outros.

2. O cavalo vermelho representa o sangue, a guerra. O militarismo provoca a guerra. Possuía uma grande espada. Mas antes Jerusalém havia sido destruída. Somente ali testifica Josefo, historiador dos judeus, um milhão e cem mil pessoas perderam a vida ali. E o que dizer dos milhares de cristãos mortos somente por Nero e Domício inimigos dos cristãos.

3. O terceiro cavalo retrata a fome. Uma balança na mão para mostrar rigor no peso, um dia de salário por litro de trigo, e cevada, fome. Mas aos portentosos servia-se vinho e azeite.

4. O cavalo preto ilustra a morte. Sim, Roma era construída com o sangue de milhões. Morte e desolação onde chegam as hostes inimigas. Diz-se que Nero gastou num jantar quatro mil e oitocentos cruzeiros somente para adornar sua mesa num jantar, e Calígula deu um banquete e colocava pérolas em vinagre, servindo aos comensais, enquanto sua mulher possuía vestidos de dois milhões de dólares ou seis bilhões de cruzeiros. Enquanto isto, os pobres sofriam.

 

III - O QUINTO SELO E SUA MENSAGEM

Enquanto João mostrava aquilo que o mundo estava vendo e haveria de ver através das época, eis que uma multidão de salvos se encontrava debaixo do altar.

1. O altar estava diante do trono.

2. Livres do male perigo.

3. Purificados em vestes brancas, símbolo do reconhecimento e promessas divinas.

 

IV – QUAL A ESCOLHA QUE FAREMOS?

De um lado o poderio do mundo produz guerra, fome e morte. Por outro lado, temos o retrato daqueles que recebem de Deus o gozo das suas promessas.

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