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A TEOLOGIA DO DEUS MORTO

William Herberg – (1901-1977),  declara com razão que a doutrina da morte de Deus não mata a Deus, mas revela o que os homens consideram irrelevante a sua presença nos tratos do mundo.

O pensamento da Morte de Deus partiu de Tomas Jonathan J. Altizer – (1927-2018). Conta Joe Odlex em seu livro "Christ is Coming Soon" da visita de Altizer ao Dr. Paul Tilich. O velho teólogo inquiriu de Altizer: "Onde você encontrou a ideia absurda do Deus morto"? Professor, replicou Altizer, simplesmente levei às últimas consequências o que o senhor me ensinou. Diz o Dr. Paul Odlex que Tilich entrou para o quarto e morreu naquela mesma noite (página 42 do livro).

Bernard William Buckland – (1784-1856), no livro  "The Meaning of the Death of God",  chama de ateísta a nova teologia. Na sua coletânea ele alista 8 teólogos que discutem a matéria, o que nos seria impossível considerar.

Trago aos alunos o recurdo de Harvey C. Cox Junior - nascimento 1929, que é considerado modernista e ao mesmo tempo batista. Quero deixar claro que o futuro da teologia depende muito da concepção de Deus que possamos manter. O futuro de uma igreja depende da concepção que o pastor tenha da pessoa de Deus.

 

I - DEUS MORREU E NÃO TEMOS DEUSES;  MAS SOMOS ATEUS. SEM DEUS

A interpretação de Paul van Buren – (1924-1998): "O Cristianismo é sobre o homem e não sobre Deus. Qualquer discurso a respeito de Deus é, portanto, fútil e vazio".

Necessário se faz uma forma de teologia que deixa o conceito de Deus de fora. Não podemos discutir alguma coisa que não tem qualquer significação empírica, quando aborda à luz da filosofia.


II - SE CRISTO É DEUS SEU PAI MORREU - Teoria de Tomas Altizer

"Existiu, na realidade, um Deus transcendente; acontece que aquele Deus se encarnou na Pessoa de Jesus ele se tornou imanente. Acontece que Jesus morreu, portanto, Deus morreu. Necessário, portanto, que se admita a morte de Deus que esqueça dele".

O homem precisa de Cristo, apenas, porque Cristo é de carne. Somente o cristão pode experimentar a morte de Deus. Só depois de tal experiência ele se torna cristão.


III - DO PONTO DE VISTA DA CULTURA O SAGRADO PRECISA SER ERRADICADO POIS NÃO RESISTE A UMA ANÁLISE CULTURAL COMO SENDO DEUS

A teoria é de William Hamilton – (1788-1856) e Gabriel Vahanian – (1927-2012).

1. A experiência religiosa nada mais é que aquilo que uma criança observe do seu preceptor.

2. Há uma espécie de tradição de experiência religiosa que alguém afirma ter experimentado à beira de uma fogueira.

3. Trata-se de uma elaboração de tradição e cultura, de um passo a outro, dentro do que Dr. Paul Tilich chama de Teomania.

4. Acontece que a urbanização maciça quebrou todas as estruturas - caiu a possibilidade de uma crença em algo que está além, mas aquém da técnica. Portanto, Deus morreu.


IV - A PALAVRA DEUS É AMBÍGUA E NADA SIGNIFICA PARA O HOMEM MODERNO - Harvey Cox

Para Harvey Cox, Paul Tilich em sua ideia de Deus é, mas ao mesmo tempo da sua negação ao Teísmo de Deus contribuiu para o início.

Carl Barth – (1886-1968), acrescenta, tornou a ideia de Deus positivista e continuou na marcha (positivismo - conhecimento é limitado a fenômenos - rejeita especulação metafísicas no tocante à Causa ou causas).

1. Experiências são formadas por padrões culturais - a mudança social modifica a experiência conceitual de espiritualidade. Os símbolos religiosos precisam ser adaptados aos padrões que a sociedade consagra. A morte de deuses e de Deus é a mesma coisa e é simples consequência .

2. Quando os símbolos controladores da cultura desaparecem, o Deus da cultura desaparece com eles.

3. A atual contratura social é pluralista - como manter a ideia de Deus transcendente no ambiente de uma cultura imanente.

4. Uma sociedade não pode insistir na presença de Deus em tudo. Temos que por de lado a ideia de Deus metafísico porque leva ao dualismo.

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