O assunto é quase corriqueiro.
Morre o Ministro de Estado, na força da vida, depois de comer mangas com alguma outra coisa que lhe complicou o coração. São assassinados muitos, abalroados e mortos outros. Olhei ao acaso o obituário do dia e deparei com uma série de mortos jovens. Dentre os que partiram, um moço de 21 anos que se enforcou.
Mas agora cheguei quase a chorar. Kleber Abib Moreira contou como foi o desastre de avião que vitimou mais de 50 pessoas em Florianópolis. “Meu filho pediu a chupeta para dormir ao meu lado e de sua mãe Marlene, quando o avião começou a cair”. E ele explicou que já podiam ver as luzes da cidade, quando o estrondo e explosão se deram a todos, menos 4 pessoas. Kleber, jovem que ia a Porto Alegre fazer surpresa a seus pais, vindo de Belém, não teve como segurar o filho de 3 anos que foi lançado às chamas, mas conseguiu empurrar a esposa de 21 anos para o lado de uma pedra, onde se salvou. Sim, com várias vértebras e costelas avariadas, conseguiu se salvar.
Deus tem permitido tais tragédias, cremos nós, tendo em vista alertar os homens quanto à brevidade da vida. É como narra de modo maravilhoso e inspirado o autor do Salmo 90:
“Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. Tu reduzes o homem ao pó, e dizes: Tornai; filhos dos homens. Pois mil anos aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi, e com a vigília da noite.
“Tu arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada: de madrugada viceja e floresce; à tarde murcha e seca. Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor, conturbados. Diante de ti puseste as nossas iniquidades, e sob a luz do teu rosto os nossos pecados ocultos. Pois todos os nossos dias se passam na tua ira, acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos, ou, em havendo vigor a oitenta: neste caso o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos.
“Quem conhece o poder da tua ira? E a tua cólera, segundo o temor que é devido? Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio. Volta-te, Senhor! Até quando? Tem compaixão dos teus servos. Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os dias. Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quando suportamos a adversidade.
“Aos teus servos apareçam as tuas obras, e a seus filhos, a tua glória. Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos”. (Salmo 90.1-17).