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CAPÍTULO II

A pequena Isa, de apenas seis anos, adoecera. Era ainda madrugada quando sua mãe constatou que estava rouca. Aguardou o clarear do dia para procurar recursos, presumindo a gravidade do mal, pois aquela voz infantil havia silenciado e nada mais dela se ouvia.

Na manhã sombria, dirigiu-se ao consultório do Dr. Augusto Gonçalves que, após explicações, deu a receita, pedindo que a aviasse imediatamente.

Já de posse do remédio, regressava D. Franquelina cheia de esperanças, suplicando do Altíssimo a bênção de ver restabelecida a querida filhinha.

Assistida, embora, com desvelo e carinho, via D. Franquelina que eram baldados os esforços e agora fugia-se-lhe a esperança de ver restaurada a sua Isa.

Ao aproximar-se a outra madrugada, quando os galos enchiam a terra com seu canto festivo, anunciando a chegada de um novo dia, despedia-se do mundo a querida Isa. Foi recolhida ao céu a preciosa dádiva que adornara a terra por apenas seis anos.

Desalentada e triste, aquela mãe envia ao esposo um telegrama que não lhe chegou às mãos.

O enterro é efetuado. Pastor Achiles Barbosa, então o pastor da igreja, trouxe a mensagem, relembrando o espírito missionário de que era dotada a pequena Isa. Usando como tema as palavras do apóstolo S. Paulo: “trabalhando noite e dia... quem não trabalhar não coma”, o mensageiro aludiu ao fato de que até nos folguedos,enquanto tocava a música em um tamborete, alegrando-se por longo tempo com suas bonecas e irmãozinhos menores, Isa sabia pregar e falar de Deus.

A transferência gloriosa se deu em 19 de dezembro de 1919.

 

Waldemira Gomes de Sá Ano 1965. Não mencionada a editora. Publicação independente.

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