Mt 21.1-11, Mc 11.1-10; Lc 19.29-38
Meditemos sobre a autoridade de Jesus tomando por base os textos assinalados acima. Recomendo mais uma vez a todos os alunos e amigos a necessidade de possuírem um exemplar da Bíblia Sagrada, de qualquer versão. Àqueles que já possuem sua Bíblia ou Novo Testamento; sugiro que façam a leitura do texto indicado acima. Desta forma, terão uma compreensão mais fácil do estudo aqui apresentado.
“Porque minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (Is 56.7). Temos aqui uma das mais famosas profecias do profeta Isaias, cumpridas integralmente por Jesus. Este verso foi vivido cerca de 700 anos depois de escrito. Temos aqui, sem dúvida, mais uma evidência do poder extraordinário da Bíblia. Notemos que a Jesus não agradaram as cenas de mercantilismo que encontrara no templo, como não creio que ele aprovasse hoje os mafuás, rifas e jogos diversos, com a finalidade beneficente. Não creio que ele aprovaria tampouco as tômbolas (jogos de lotos) com finalidade caricativa, e muito principalmente aquelas que se encontram ao redor dos templos. Temos aqui, sem dúvida, o Senhor do templo buscando enfatizar o valor do templo do senhor. Muitos crentes fazem do templo do Senhor um lugar de cochichos, risos, irreverências. Lembremos que o templo é casa de oração.
A autoridade de Jesus foi atestada em sua entrada triunfal na purificação do templo, na secagem da figueira infrutífera, na parábola dos lavradores malvados e nas respostas a várias perguntas formuladas pelos seus inimigos. Ademais, sua autoridade foi comprovada pela censura aberta dos escribas e no seu sermão sobre as ultimas coisas ou o fim do mundo. Nós, os crentes, aceitamos a autoridade de Jesus por tudo isto e mais ainda por causa de sentirmos em nosso coração o poder e o benefício de sua autoridade.
Há três passagens distintas assinaladas para o nosso estudo:
I) Mc 11.11: Esta declaração segue-se à cena deslumbrante da entrada de Jesus em Jerusalém, quando o chão fora recoberto de capas e palmas e ramos, bem como musicado pelas ovações da multidão que declarava “Bendito o que vem em nome do senhor... Hosana nas alturas”. Temos assim o reconhecimento de Jesus como Messias em cumprimento às profecias. II) Mc 11.15-19: Temos ali a narrativa da segunda purificação do templo de Jerusalém. Estava na alçada do rei não somente inspecionar a cidade como também purificá-la. Jesus não podia tolerar uma religião transformada em comércio. E ali estavam os cambiadores, com a incumbência de comprar o dinheiro estrangeiro principalmente romano, para facilitar aos adoradores. Estavam ali, igualmente, os vendedores de animais para o sacrifício. Jesus não respeitou a nenhum deles antes taxou-os a todos como salteadores. Notai que seu zelo foi completo. Diz o verso 16; “E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo”. Imaginai o grande poder de Jesus. Derribou as mesas, proibiu que transitassem pelo templo e ainda lhes lançou em rosto “Vós tendes feito da minha casa de oração um covil de ladrões”. Apesar de tudo isto ninguém lançou mão dele, ninguém o prendeu, ninguém o molestou. Que poder e que autoridade magníficas. Que força moral indescritível!
A autoridade de Jesus foi demonstrada em terceiro lugar por responder a uma das perguntas mais comuns e mais discutidas de seu tempo: “Qual é o primeiro dentre todos os mandamentos”? Qual dos rabis estaria com a razão? Jesus não titubeia perante o inquiridor, um escriba ou advogado, mas lhe responde prontamente: III) Mc 12.30: “Ouve, ó Israel... Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração e de todo o teu entendimento e de toda a tua alma e de todas as tuas forças... E amarás o teu próximo como a ti mesmo, Não há outro mandamento maior do estes”. Amar a Deus é dar-lhe o coração, sede da afeição; a alma, centro da personalidade, da mente e do entendimento. Desta forma Jesus considera como o maior dos mandamentos o amor sem reservas a Deus.
Um homem que esteja pronto a obedecer este mandamento estará pronto para obedecer em todas as coisas. E um homem que assim ama a Deus, por certo amará a si mesmo e ao seu semelhante.
Meu caro amigo; qual a autoridade de Jesus sobre a sua vida? Se a autoridade de Jesus sobre a sua vida é grande, então seu amor a Deus e a si mesmo deve ser igualmente grande.
Que assim seja na vida de cada leitor amigo nesta hora.
EM: A VOZ DA ESCOLA BÍBLICA DO AR Ano I – Junho de 1953 – número 4 Pastor David Gomes