Teriam dias passados sido melhores ou piores do que os atuais?
Alguém poderá dizer: Os dias atuais são os piores que jamais tivemos. Nunca houve tanta perdição. Até a pouco tempo o cinema não constituía perigo; as revistas imorais não existiam; a moda não atingia as raias do escândalo como faz hoje; os pais tinham maior influência sobre os filhos; instrução era mais rigorosa e menos exibicionistas; e assim por diante. Ser isto verdade?
Mas olhemos o outro lado: Existe a história de uma Pompéia que deixou de existir nesta era; mas existe também a história de Sodoma e Gomorra. Onde em toda a história moderna se poderia achar cenas tão terríveis; tão imorais quanto as que descrevem os últimos dias de Sodoma? Quando em toda a história houve tão grande número de Bíblias espalhadas através do mundo? Quando houve tantos missionários? Quando houve tantas igrejas? Quando houve tantas conversões? Quando houve tanta propaganda religiosa? O rádio, a imprensa, discos... teriam sido os dias passados melhores ou piores do que estes? Não nos compete responder, mas podemos ver no texto que a cena aqui descrita é uma cena perfeitamente atual nos dias de hoje. Perfeitamente clara no século 20.
I - NESTA CENA EXISTE A TRAGÉDIA DE UM PECADOR PERDIDO
1. Como consequencia de sua cegueira ele era mendigo. Vivia da caridade pública não obstante ter passado dos 30 anos.
2. Cego espiritualmente falando.
(1) Sabia que Jesus existia, mas não sabia onde ele estava - verso 12.
(2) Sabia que Jesus existia, que era poderoso, mas não era mais que um profeta - verso 17. Testemunho bem diferente do que dera Simão Pedro em Cesaréia de Filipo: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo - Mateus 16.18. Diferente do que dera Tomé: "Senhor meu e Deus meu" - João 20.28-29. Diferente do testemunho dos apóstolos e crentes que reclamavam sua fé com decisão e persistência.
(3) Sabia que Jesus não era pecador, mas não sabia quem era ele. Muitos seguem a Cristo como o modelo, como homem bom - verso 31.
(4) Estava pronto a defender a Jesus e a sofrer por ele, mas não sabia quem era Jesus.
Lembro-me de Pedro, um dos maiores crente que conheci. Contou-me de como muitas vezes saíra de casa com sua marmita de comida e ao rezar na Igreja de São Francisco de Assis, deu a marmita a pobres lá, e busca a paz para o seu coração.
II - NSTA CENA EXISTE A TRAGÉDIA DE UMA SOCIEDADE PRONTA A COMBATER E RECRIMINAR E MALTRATAR AQUELE QUE PROCURA MELHORRAR SUA CONDIÇÃO ESPIRITUAL
1. Viram o cego enxergando, mas não quiseram aceitar o seu próprio testemunho.
2. Rejeitando o seu testemunho levaram-no aos fariseus, líderes religiosos, escravos espirituais - verso 13.
3. Os líderes religiosos em vez de dar glória a Deus pelo milagre que o estranho fizera, começaram a condená-lo por haver curado no dia de sábado. "Coais um mosquito e engolis um camelo" - Mateus 23.24-26. Tragédia dos cegos que não querem ver.
Testemunho de um jovem posto para fora de casa, abandonado, porque aceitara Cristo. Tragédia de um jovem que aceitara o Evangelho e fora levado até o Cardeal e internado em um colégio não se sabe onde.
4. Tragédia de uma sociedade que buscava constranger um homem à procura de melhoria espiritual, a mentir, dizendo ser pecador um homem que fizera uma obra espiritualmente divina – (verso 24). Tragédia da religião dogmática, inflexível, religião forçada.
5. Tragédia de uma sociedade que não se fartando da perseguição ignominiosa, castiga, expulsa e condena aquele que vai de encontro à sua doutrina dogmática.
III - ESTA CENA MOSTRA TAMBÉM O SALVADOR COMPLETO
1. Completo porque tornou a vida daquele pobre infeliz doente e mendigo uma vida sã. Sim, Jesus lhe deu saúde como fizera a tantos outros. A pergunta que ele fizera ao paralítico de Betsaida: "Queres ficar são"? João 5.6-7.
2. Salvou-o por torná-lo sábio. Uma coisa sei. Sim, aquele homem não sabia muito de religião.
(1) Ele dizia que Deus não houve a pecadores quando; quando é a pecadores que Deus ouve.
(2) Ele dizia que nunca antes alguém houvera sido restaurado da visão, quando os próprios fariseus ali presentes poderiam dizer que Jesus o fizera. Mas ele sabia aquilo que é essencial à salvação de qualquer: Uma experiência. Uma coisa sei. Esta experiência o havia de levar até O Salvador.
(3) Jesus salvou-o por torná-lo crente. Confessou-O, adorou-O. Ele tinha religião antes; agora a adoração. Na sua tristeza, Jesus o achou.
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