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MOTIVAÇÃO NO EVANGELISMO

Motivação é um termo de psicologia, melhor diríamos de psicopedagogia, com que se designa o conjunto de determinantes do comportamento psíquico, animal e humano.

Não se cogita hoje tanto de se discutir o fato de alguém beber, embriagar-se, quanto em saber as determinantes para essa conduta.

Essa conceituação é fundamental ao estudo do evangelismo. Existe um livro interessante sobre evangelismo de autoria do Dr. Conant Coleman,  no qual ele fala de um determinado membro da igreja que se recusou a dirigir uma oração em público sob a alegação de que o pastor recebia para orar também e não apenas para pregar.

Qual a motivação do nosso evangelismo? Seria por acaso o mero estipêndio? Lembro-me sempre com apreciação de uma frase repetida pelo Dr. O.P. Maddox aos seus "filhos na fé" – dizia-nos sempre o veterano servo de Deus: "Se o irmão puder deixar de pregar. não pregue". "Se sua motivação não é bastante forte para o impelir a fazê-lo sob todas as circunstâncias, pare de fazê-lo".

Anotemos alguns princípios que nos levam a evangelizar as almas.


I - APRECIAÇÃO E GRATIDÃO PELA NOSSA SALVAÇÃO

Não poderá ter grande interesse na salvação das almas aquele que não avalia o significado da sua própria salvação. Precisamos nos lembrar sempre de onde viemos para compreendermos o valor de onde estamos.


II - AMOR GENUÍNO ÁS ALMAS DOS HOMENS

O amor é mola, é fundamento de tudo quanto abençoa o mundo. Deus amou o mundo; mas Jesus amou até às suas lágrimas; seu sangue; sua vida de dor foi vivida com alegria, pois que muito amou. Hebreus 12.2 tem profundo significado. Jesus suportou a cruz alegre, porque amou até o fim.


III - CERTEZA DE QUE DEUS NOS PODE  USAR COMO SEUS INSTRUMENTOS

Deus depende de homens salvos para salvar os homens – (Ezequiel 7.14; 22.30). Alguém disse que se anjos fossem evangelizar o mundo o céu ficaria vazio. Falta-lhes experiência de salvação.

O anjo foi capaz de dizer a Cornélio que sua oração e esmola tinham chegado a Deus, mas foi Pedro o escolhido para mostrar a Cornélio o caminho da salvação.

Através dos tempos Deus tem usado homens. A Bíblia nos fala de muitos homens a quem Deus usou.Também a história.

 

IV - A PALAVRA DE ORDEM DO SALVADOR QUE NOS MANDA FAZER ISSO

A Grande Comissão de Jesus inclui todos os homens em todos os lugares e em todos os tempos. Marcos 16.15 inclui cada criatura. Cada dia nossa responsabilidade cresce.


V – A CONVICÇÃO DE CRISTO E DOS SEUS SEGUIDORES QUE FIZERAM ISTO

A força da igreja, disse alguém, está no sangue que heróis derramaram. Onde a perseguição é maior, aí Deus faz mais maravilhas. Onde o pecado é abundante, a graça é superabundante. Trabalhos em Lapa e Acre: Trevas espessas; resultados maravilhosos.

 

VI – A CONVICÇÃO DE QUE NÃO HÁ OUTRA ALTERNATIVA PARA O HOMEM EM SEUS PECADOS

Quando Jesus orou "afasta de mim este cálice", Deus não o afastou, porque não houve outro meio de salvar a humanidade. Para a  humanidade é a cruz ou nada.

Por isto, Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) dizia que a cruz é o último argumento de Deus. A cruz coloca diante do homem um dilema: aceitar ou rejeitar a oportunidade de sair para a vida.

É nosso dever deixar claro que o homem está fora de Deus enquanto não aceitar o milagre conciliador da cruz. A cruz é Deus andando a segunda milha, com humilhação e sacrifício. A cruz é a esperança de Deus de Deus. A cruz deve ser nosso argumento na pregação. Palavras bonitas sem cruz serão vazias e só pela cruz há perdão.

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