Comove pensar na grandeza do Evangelho de Deus. Paulo, dentro da prisão, não sentia os grilhões, e sim a presença de Deus. E de tal forma que se declarava “prisioneiro da presença de Jesus Cristo”. César era o que martirizava, mas Paulo o ignorava totalmente. Para ele, só existia o poder de Jesus. Aliás, Paulo foi curioso no modo de agir desde o inicio de sua carreira cristã. Depois de ter caído do cavalo, foi para Rua Direita orar a Deus. Estava cego. Depois deu inicio às suas atividades já sob perseguição. Mais tarde, quando iniciou o trabalho em Filipos, foi açoitado e posto no setor mais inferior do presídio e sangrando e sofrendo, começou a cantar. Precisamos cantar para aliviar.
Precisamos cantar para aliviar a dor. A melhor maneira de se aliviar o sofrimento é pelo louvor. E foi naquela meia noite passada que os sons dos cânticos de Paulo moveram o céu e a terra em maravilhoso terremoto da libertação. Em Gálatas 2, temos a descrição de algumas das lutas de Paulo, inclusive com Pedro e demais apóstolos que estavam sendo traídos pela doutrina do legalismo escravizador. Paulo chegou a “resistir a Pedro na cara”. Que santa coragem. No capítulo 1 de Gálatas ele se declara superior pela obediência somente a Cristo.
E, para situar no texto, basta lembrar que dentro da prisão, Paulo decide pensar em Deus. Não pensava nas cadeias nem nos sofrimentos, nem na família e nem mesmo nos amigos. Ele pensava em Deus na história da salvação. Que santo exemplo para nós que vivemos a presente hora. Pensar em Deus, tantos desesperados. Paulo agia de modo inverso. Ele sentia que Deus até permitia que ele fosse preso para aprimorar sua maneira de se sentir. Dentro da prisão, Paulo se descobre.
I – O HOMEM DO MUNDO SEM SALVAÇÃO
Temos pelo menos sete afirmações no texto que examinamos:
1. Gentios na carne, chamados de incircuncisos.
2. Estavam sem Cristo.
3. Estavam separados da comunidade de Israel.
4. Estavam sem esperança.
5. Estavam sem Deus no mundo.
6. Estavam estranhos aos concertos da promessa, completamente desligados do mundo espiritual.
7. Estavam longe, distantes, receosos de chegarem perto, surdos, sem desejo de ouvir, prontos para cumprir os desejos da carne.
II – O DESEJO DE DEUS REVELADO AOS HOMENS
1. No verso 10 a beleza do ensino. Criados para fazer o que é certo. Criados para falar a verdade e não mentira, para vivermos santos e não pecadores, para pensar o que é bom e não na luxúria da carne.
2. O segredo da salvação é o “sangue de Jesus” pelo qual chegamos perto de Deus.
3. Em Cristo o homem encontra paz, paz no coração, por dentro de todo o ser (Isaias 26).
4. Cristo derrubou a parede de separação entre Deus e o homem. A parede que Jó encontrou e de que fala no capítulo nove de seu livro, derrubada, foi por Deus.
5. Desfez a inimizade entre homens e homens, entre o homem e Deus. Desfez a violência, as brigas.
6. Reconciliou a mais linda palavra. (Minha experiência dentro de um sítio quando dois irmãos que se odiavam se reconciliaram).
7. Evangelizou, isto é, contou boas notícias.
8. Abriu o acesso pleno até a presença de Deus. O véu do templo se rasgou de alto a baixo.
9. Acabou com a discriminação. Criou à família de Deus, onde pretos e brancos são irmãos.
10. Edificou-nos sobre a pessoa de Jesus, abrindo em nosso peito a morada de Jesus.
Nos versos 8 e 9, Paulo nos entrega a chave mais vitoriosa e mais alegre de todos as escolhas. É o caminho da graça que produz fé e da fé que traz a graça ao peito dolorido.
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