Estamos diante do período de instrução dos discípulos reservado por Jesus. Já seus ensinos práticos para o mundo haviam sido dados de modo que ele reservara os últimos dias. O capítulo 13 é o primeiro de uma série de eventos seguidos até a crucificação do Mestre.
A mensagem sublime aqui é a da humildade de Jesus mais uma vez provada. “Ele lhes lavou os pés”. Desejo que nos abstenhamos de todo o resto do capítulo e pensemos unicamente nesta frase que é de capital importância para todos nós. O verso traz em si mesmo a divisão própria para a nossa meditação.
I – ELE LHES LAVOU OS PÉS
Ele tomou a toalha e cingiu-se e começou a lavar-lhes os pés. Esta era a obra dos escravos nos dias de Jesus. A cena foi abrupta. Os discípulos estavam reunidos comendo a páscoa, no dia precedente à instituição da Ceia. De repente Jesus se levanta e começa a lavar-lhes os pés. Cumpriu assim o que dele diz Paulo: “Esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens” (Filipenses 2.4).
II – ELE LHES LAVOU OS PÉS, QUEM ERAM ELES?
1. Marcos 1.16 responde quem alguns deles eram. “Lançando as redes ao mar porque eram pescadores”.
2. Lucas 5.8 diz o que todos eles eram: “Retira-te de mim que sou um homem pecador”.
3. Lucas 22.24 diz alguma coisa que eles na sua vaidade estavam fazendo poucos minutos antes... cheios de presunção, vaidosos e egoístas...
4. João 6.64;70; 12.4-5 mostra que um deles era um diabo. Era um traidor, mas ele lhes lava os pés.
5. Mateus 26.56 diz que “Então todos os discípulos deixando-o, fugiram”, mesmo depois dos ensinos deste capítulo. Mas foi desta gente cheia de defeitos, com coração crente, que Jesus lavou os pés.
III – POR QUE ELE LHES LAVOU OS PÉS?
1. Por que os amava, amou até o fim. Amou-os até o extremo, amou-os apesar de tudo que sabia deles. Era o amigo leal e verdadeiro.
Uma história é contada de certo ministro inglês cujos filhos estavam discutindo. Um deles disse: Você precisa ser bom para o papai porque se você o desobedecer, papai não o amará mais. O pai chamando-lhes disse: O que você acaba de falar não é verdade... Mas o senhor não nos deixará de amar se formos maus?. Não, eu os amo como são, com um amor que me dá prazer. O amor divino não varia, é constante.
2. Porque desejava dar-lhes uma lição que os faria vitoriosos. É forte a expressão de Paulo em Filipenses 2 “pelo que”... Em Romanos 1.4, outra expressão forte é usada “foi declarado”. Não que ele não fosse, mas sua humildade trouxe a declaração: “Amigo, sobe mais para cima, era o desejo de Jesus na vida de cada discípulo”. Ele tinha sempre em mente que “os últimos serão os primeiros”... E os discípulos aprenderam a lição.
IV – QUE DIZERMOS DE NÓS MESMOS?
Os discípulos foram cheios de falhas, mas pregaram no poder do Espírito... três mil se converteram de uma só vez... oraram e o lugar onde estavam tremeu sob o poder da oração... resistiram ao sofrimento com um sorriso de uma vitória celeste nos lábios e felizes “por terem sido julgados dignos de sofrerem por Jesus”...
Que dizer de nós, meus irmãos? Que possamos crescer nesta graça na certeza de que “Deus dá graça aos humildes, mas rejeita os soberbos”... A aceitação de Cristo como Senhor é um ato de humildade.
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