Pregado em 03.11.1968
A Bíblia é consciente de pequenas coisas. Fala-nos das raposinhas que danificam a vinha. Comenta o dia das pequenas coisas. Jesus ordenou que se guardassem as sobras, cuidadosamente.
I - GRANDES COISAS EM PEQUENOS ACONTECIMENTOS
1. O navio que levou Adoniram Judson (1788-1850) ao seu campo missionário, media 30 metros e levava 267 toneladas, no máximo. O Queen Mary mede mais de 300 metros e levava 18.235 toneladas. Mas, o Queen Mary nunca transportou um casal que tivesse influenciado um país. Aquele casal humilde abalou a Birmânia.
2. O tamanho do navio não impediu a grandeza do passageiro.
3. Estamos,nestes dias, esperando a Soberana Britânica. Até mendigos foram retirados da rua, mas, nem sempre as grandes coisas são precedidas de publicidade, como a entrada de Paulo em Roma.
4. O que marca o peso, o valor de uma resolução ou de uma contribuição, mede-se pela concepção da mordomia que tivermos.
II - MORDOMIA EM RELAÇÃO AO ALIMENTO
1. Os Árabes têm profundo respeito pelo alimento. Se um pão cair no chão, eles o tomam nas mãos procurando lugar para deixá-lo onde pássaros possam se alimentar. Mas, antes de deixá-lo, beijam-no. Comentam: "Não devemos pisar o dom que Deus nos dá"
2. Jesus foi categórico ao dizer: "Recolhei para que nada se perca"... Era parte da lei cuidar dos servos com o que sobrasse da refeição, que devia sempre deixar sobra. Mas, há os que pensam que Jesus pensava no Mar da Galiléia... Nada se perca
3. Podemos pecar por comer mais do que devemos. Pecamos por desprezar certos alimentos. Pecamos por deixar sobras no prato, por estragar alimentos.
III - MORDOMIA DOS FRAGMENTOS DO TEMPO
1. Se uma pessoa atirasse uma moeda num poço seria chamada de tola. Mas, na realidade, jogou apenas um pouco de metal. Mas, na realidade estaria jogando fora pão, remédio ou algo que pudesse adquirir com aquela moeda. Mas, quando alguém desperdiça tempo, joga fora o tempo e mais as oportunidades e privilégios que o tempo representa.
2. Poemas, artigos de valor, livros são escritos nos momentos de espera por uma refeição.
3. Sermões nascem em momentos de espera.
IV - ECONOMIA COMO MARCA DE CARÁTER
Em 1778, chegou a Paris um jovem à procura de emprego. Seu nome: Jacques Laffite. Entrou no gabinete do banqueiro suisso Perregaut, pedindo emprego. "--Todos os lugares estão lotados, não há indicio de possibilidades há meses, respondeu". Delicadamente, Laffite desceu as escadas. Ao sair, observou um alfinete no chão. Parou e o colocou na lapela. O Presidente do Banco o viu da janela, mandou chamá-lo . Deu-lhe o emprego. No seu diário escreveu: "Vou experimentar o rapaz. Quem é zeloso com um alfinete pode cuidar de um Banco".
Tudo se confirmou, quando Laffite se tornou recepcionista, escriturário, caixa, sócio, presidente do maior Banco de Paris...
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