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O EXEMPLO DE MOISÉS

Observe-se o que diz Jack Taylor: “Satanás se tornou maligno quando exaltou a si mesmo”. Conforme a narrativa de Isaias 14.13-14.

A mente carnal não deixa o homem sujeitar-se à Lei de Deus, nem aceitá-la, porque o homem vai fazer o que ele quer, seguindo o seu próprio eu, exaltando sua própria vontade. O eu do homem não pode ser domesticado. Ele não aceita ser domesticado. O fim do cristão que é dominado pelo seu eu, ou pelo seu desejo próprio, é a derrota fatal.

Durante muitos anos viajei pelos sertões do Brasil e tive oportunidade de observação. Lembro-me perfeitamente das muitas viagens que fiz pelos sertões da Paraíba, do Rio Grande do Norte, do Ceará. Lembro-me mesmo quando a água secara em todos os rios, tinha-se que cavar na areia para conseguir o líquido para beber. Lembro de uma viagem quando chegamos a um lugar para almoçar e perguntei à dona da pensão se havia algum tipo de verdura, e ela disse: “Meu senhor, aqui nesta parte do ano, a única coisa verde que se pode encontrar com dificuldade, é papagaio. Nada de verde”. Mas no meio daqueles desertos, havia de vez em quando uma árvore verdinha, bonita. Esta árvore é o fenômeno do xilopódio, ou seja, o fenômeno que permite a preservação de determinadas árvores, através da água armazenada pelo tubérculo lenhoso e germinador da raiz dessas plantas chamadas subarbustivos. A raiz é primaria, mas ela armazena água e alimento durante o tempo de chuva para que a raiz sobreviva no tempo difícil. O xilopódio torna a planta perene. Mas dizem os cientistas que, para que este xilopódio torne a planta perene, as células do tubérculo da raiz têm que morrer. E a proporção que as células vão morrendo, vai havendo instilação de líquido que garantirá a vida da planta.

A alma humana é igual. A mente carnal, os desejos carnais, a vida carnal só terá o toque do espiritual pela morte do “eu” e a entronização de Cristo. Que desafio tremendo Jesus nos dá em Lucas 9.23:

E dizia a todos: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me”. E Paulo nos declara em Gálatas 2.20:

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne; vivo na fé do Filho Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”.

É o desafio. Observemos nos capítulos 33 e 34 de Gênesis, a sequência do acontecido a Moisés. Ele tinha estado com Deus no monte, o povo pecou. Fez o seu bezerro de ouro, abandonou a Deus. Moisés volta indignado, intercede pelo povo, ora pelo povo, tenta ajudar o povo, sofre, agoniza em oração. Finalmente ele consegue que Deus deixasse o povo sem exterminá-lo. Mas a batalha não estava vencida. Moisés queria agora a companhia de Deus. Ele pedia, rogava a companhia de Deus. E Deus foi tendo com ele e foi lhe dando respostas que, se não eram evasivas, não eram respostas que Moisés esperava. E assim passou o tempo do diálogo. Mas agora, no capítulo 34, não é Moisés que vai procurar Deus, é Deus que vai procurar Moisés. Leiamos no capítulo 33 de Êxodo uma declaração altamente significativa para os cristãos de hoje, talvez uma das coisas que mais faltam ao cristianismo atual, seja esta prática que Moisés tinha na sua vida de devoção. Diz o texto:

“Ora, Moisés costumava tomar a tenda e armá-la para si. Fora e bem longe do arraial. E ele a chamava tenda da congregação” (Êxodo 33.7). Moisés ia lá fora. Queria estar com Deus, mas não queria correria, não queria o barulho não queria queixas do povo, não queria a esposa, não queria os filhos, queria Deus, somente Deus.

Mas, quando chegamos à altura do capítulo 34, não é Moisés que pede a Deus, é Deus que chama Moisés. Deus vem ao encontro de Moisés. Você quer companhia comigo, eu quero com você. Venha e vamos conversar. Venha e vamos aprender. Venha e vamos discutir. Venha porque você verá a minha glória.

Meus amigos; acredito que o cristianismo moderno está sentindo falta disto. Estamos muito presos a um programa pessoal e próprio. Organizamos o nosso próprio cronograma. É um programa meu, com planos meus, com orientação minha. É um programa pessoal, próprio. Não é propriamente um programa de Deus. É um programa só meu. Mas Deus não quer isto. Deus quer que o crente se deixe dominar por Ele. Deus quer que o crente organize e faça do seu programa o programa de Deus ou do programa de Deus, o seu objetivo.

Jesus nos dá o exemplo: Paulo diz que Ele foi obediente até a morte, e morte de cruz. E Ele sabia orar: Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua vontade.

Que linda declaração! Quanto de dedicação, de obediência, de amor. Deus quer a nós. Não tanto aos nossos companheiros agora, mas Ele quer o encontro com conosco. O crescimento espiritual está ligado a esta capacidade de se encontrar com Deus no silêncio. Talvez pela madrugada, talvez pelo meio dia, como foi o caso de Abraão; mas este encontro com Deus é a marca do cristão. Vamos marcar uma entrevista com Ele. Vamos dizer-lhe das nossas faltas, das nossas faltas de fé, falta de dedicação. Vamos pedir que Ele nos aceite, mas perdoe e nos ajude. Quando o homem toca o manto de Cristo e sente o seu poder, Ele fala diferença, Ele prega diferente, Ele ensina diferente.

Recebi uma carta do Piauí, de uma pessoa que se diz obreiro. Mas narra experiência intimas que comprometem. E diz na carta: A resposta que o senhor me der, será o caminho que vou seguir. Quanta responsabilidade nessa resposta. Mas o caminho é este de Êxodo 34.

Tenha seu encontro com Deus. Busque a presença de Jesus. E Jesus o levará aos pés de Deus. E você obterá a bênção dos céus. Deus lhe abençoará com o perdão que tem a todos. Aceite a bênção de Jesus, agora. Tenha o encontro com Jesus neste momento. Que Deus o abençoe.

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