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DEUS É ESPÍRITO - João 4.24

Introdução: Sabemos que Deus é Luz... Que Deus é amor... E hoje consideramos o tema: “Deus é Espírito”. Para uns, Deus é o ventre; para outros o dinheiro, o ídolo, o sexo. Para o crente “Deus é Espírito”.

Curioso de se notar a circunstância em que a expressão teve lugar. Jesus teve algumas de suas mais gloriosas revelações, quando falava a pobres e pecadores.

E aqui, diante de uma mulher infeliz, ele apresenta alguns dos mais gloriosos conceitos da Igreja Cristã, qual seja o da espiritualidade de Deus e do seu culto.

Adotaremos três pensamentos principais em relação à grande declaração: “Deus é Espírito”.

I – Deus é Espírito e como tal não está limitado a coisas materiais. 1. Há uma diferença fabulosa entre aquele que escolhe para seu Deus um objeto material, palpável e acessível e aquele que escolhe para si um Deus espiritual. Um Deus materializado é um Deus forçosamente limitado, como o deus Baal no monte Carmelo.

2. Um Deus materializado estaria limitado a raças, climas, templos, rituais e outras coisas semelhantes.

3. Um Deus que não fosse espírito não poderia ser universal. Daí a concepção henoteísta, comum a tantas religiões antigas e modernas.

4. Um Deus que fosse materializado, mesmo que na mente do adorador, tornaria o adorador mais materializado. Vemos isto ilustrado na própria experiência com esta mulher. Ela possuía uma concepção errada de Deus e, por isto, vivia uma vida errada: tinha desejos errados – só se preocupava com água e coisas materiais. Ilustração destas verdades é o Salmo 115.

II – Deus como Espírito condena todo aquele que faz de seu culto um culto limitado e circunscrito a objetos ou lugares. 1. “Nem neste monte, nem em Jerusalém”. “Adoraremos o Pai com exclusividade”. Na religião de Jesus não há clima nem lugar para os chamados “lugares santos”. Estes lugares santos são, em geral, pontos estratégicos para se conseguir dinheiro para todos os fins...

2. O Deus Espírito não ensina um culto ligado a medalhas, a ídolos, a colares e objetos semelhantes.

3. O Deus Espírito não ensina salvação por reencarnação ou evolução dependentes mais do esforço humano que da graça divina.

III – Adoradores que o Deus Espírito procura. Vale a pena meditarmos um pouco nesta procura que Deus faz de adoradores. Por que os procura Deus? Procura-os para o bem estar deles e para alegria de seu culto. Há tempos meditamos aqui naquele grande verso do profeta (Ezequiel) ao declarar que Deus estava procurando um homem que pudesse se colocar na brecha, sem que o encontrasse. “O Pai procura aqueles que assim o adorem”.

1. Que o adorem em Espírito. Além de toda e qualquer forma material. No coração, no íntimo.

2. Em verdade. Numa manifestação exterior que seja condizente com a forma interior do coração, em relação ao grande universo e à revelação que Deus dá de si mesmo.

“O Indu que lança crianças no rio pode ser sincero, mas seu culto é falso, porque está em desacordo com as mais elevadas leis do universo e tudo torna-se um templo de Deus”, dizia Agostinho. Não era a adoração segundo os preceitos dos homens que Deus buscava; não era a adoração dos que honram-me com os lábios, mas os seus corações estão longe de mim”.

3. Certo viajante faminto conta a experiência que tivera com uma amoreira carregada de deliciosos frutos maduros. Era tarde e o sol a pino. O viajante faminto, depois de comer metade das frutas pensou: “Maltratei-te, roubando tanto”. “Não peças desculpas, pois fui criada para isto mesmo... Criada para dar frutos bons”.

Amados, nós fomos criados para este culto espiritual.

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