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DO CONJUNTO DE AMIGOS, PAULO QUERIA TIMÓTEO

É muito importante este fenômeno de termos amigos que possam nos ajudar em tempos de provação.

Numa visita a uma pessoa enferma gravemente, ouvimos esta declaração: “Só faltava a sua presença” e um sorriso foi aberto numa face marcada pela doença e sofredora de muito tempo. Em outra ocasião, a expressão foi a seguinte: “Tirar um tempo para visitar-me, é um remédio para minha dor”. Eu volto a pensar naquele termo que aparece na descrição de Jesus Cristo no Seu ministério ativo, quando se fala dos barquinhos que Ele tinha ao lado do barco maior.

Na vida diária, nós precisamos de barquinhos que possam nos ajudar; o barquinho da devoção. Através dele nós seremos abençoados em nossas experiências, em nossos sofrimentos e em nossos anelos.

O barquinho do bom testemunho, daquele que pode em determinado lugar dar um bom testemunho a favor de Jesus.

Ouvi a história de um crente que estava esperando o ônibus e que viu de repente a porta da frente abrir e um convite para que entrasse, mas o crente respondeu:

-- Eu vou passar pela roleta. Mas, o motorista que era crente também, argumentou: -- Mas, pode entrar por aqui, não precisa pagar. E o outro crente disse: -- Eu não quero tirar o dinheiro de sua renda, da sua empresa. Veio ainda uma réplica: -- Muita gente faz isso. E o crente respondeu: -- Outros fazem, eu não. Passou pela roleta.

Como é bom pensarmos num barquinho de serviço a Cristo, na evangelização, na consolação, na ajuda. Como é bom pensarmos no barquinho da preparação, é o estudo do dia de hoje, antes que cheguem os maus dias. Quantas vezes falta-nos a preparação da Palavra.

Pode parecer anedota, mas certa ocasião; presenciei um culto devocional, o orador leu Romanos 12.1, e ao referir-se à expressão vosso culto racional, ele disse que estávamos em tempo de racionamento e Paulo não queria racionar. Falta de estudo. Mas mencionando isto em certa reunião, alguém trouxe um subsídio ainda mais impressionante, foi uma das irmãs da Sociedade Feminina de determinada igreja que levantou-se e disse que Judas, não obstante ter traído Cristo, ele se arrependeu de tal forma que chegou a escrever uma carta, uma epístola que aparece no Novo Testamento. Como nós precisamos de barquinho de estudo bíblico, da cultura bíblica!

Mas voltemos ao início, e coloquemos os nossos olhos e pensamentos na vida do veterano Paulo que buscou sempre a glória de Jesus e que agora, antes de segurar a coroa da Justiça, escreve a um amigo seu e diz-lhe: -- Não te atrases e traze contigo os meus livros que me ajudaram tanto, e eu quero revê-los antes de segurar na coroa. Abençoado o jovem Timóteo, abençoadas as igrejas que hoje podem ouvir esta mensagem e podem também se preparar, porque a verdade é clara e notória: o inverno pode chegar depressa demais. Alguns jovens já foram, alguns muitos jovens que partiram; alguns que planejaram grandes coisas, mas que foram chamados à presença de Deus. O inverno pode chegar, o tempo de trabalhar é agora, é antes do inverno. É estudarmos, é nos consagrarmos, é nos devotarmos, é nos colocarmos na santa disposição de Deus, antes que chegue o inverno.

Vamos agora considerar ainda nesta parte final algumas coisas que são interessantes. No verso 3 de Romanos 16, a lembrança de Priscila e de seu esposo, podemos comparar a razão lendo a parte final da carta.

Paulo tinha um coração muito agradecido antes do inverno. Ele lembrava ainda, no verso 20, deTrófimo (2Tm 4:20), a quem havia deixado doente. “Que pena eu não possa fazer mais nada por ele senão orar”, e mencionar o seu nome.

Agora o verso 21, que é o nosso verso, “faça com toda diligência e esforço de chegar aqui em Roma, antes do inverno”. Faça o seu melhor. Um dos tomos do Novo Testamento chega a dizer: Corra, para chegar aqui. Ele precisava de um moço ao seu lado, antes que o inverno chegasse.

Naqueles caminhos de Roma, o inverno trabalhoso, dentro daquela prisão com as pernas em perigo de se enrijecer com a circulação, prendendo, num caminho difícil. Paulo antecipava a sensação e inverno. Queria preparar para ele: o inverno da idade que avança; o inverno do imprevisto de uma prisão inóspita, sem poder se movimentar muito, sem poder falar e pregar como fazia!

O inverno das injustiças humanas que atingiam o seu auge na sua prisão inóspita! O inverno das desilusões, de tantos que desertam e que caminham. Antes que este inverno se torne mais terrível, eu preciso da sua companhia, da sua presença; a presença de um amigo.

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