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IDEAIS PARA O LAR CRISTÃO

Cl 3.12-25

Nosso assunto discute ideias para o lar cristão. Ideais para lares já estabelecidos e ideais para os lares que hão de se estabelecer. O mundo precisa de lares cristãos nos dias que correm. É bênção de valor indescritível quando um jovem crente procura uma jovem de igual aspiração e ideal. É um inicio auspicioso. Por outro lado há um mecanismo mais profundo que simples filiação religiosa na realização do sonho de um lar feliz. Existem aqueles deveres e privilégios da vida comum que tornam a atmosfera do lar saudável e dão aos filhos um ambiente salutar e amigo. Nos conceitos de Paulo em nosso texto temos conselhos a maridos e esposas e filhos. Nenhum lar é completo sem esses três fatores importantes. Ninguém deveria se casar a menos que tivesse a ambição altruística de prover por meio de sua união filhos que venham a enobrecer a sociedade. E a menos que tais objetivos lhes sejam impossíveis de alcançar, por questões alheias à sua vontade, nada justificará a falta de filhos ao lar cristão. Em segundo lugar notamos que há deveres peculiares aos pais e peculiares aos filhos; há deveres de esposa e deveres de marido. A sociedade pode explicar esses deveres de modo diversos do preceito da Bíblia, mas não poderá garantir a perfeita felicidade do lar que será obtida pela prática dos conceitos divinos na atmosfera familiar. Paulo diz que a mulher deve sujeitar-se ao seu marido, como convém ao Senhor. A um noivo que perceba em sua noiva um espirito de teimosia e rebeldia recomendo muito cuidado. Paulo diz em Efésios capitulo 5 que o marido é o cabeça do lar. Em geral sentimos certa estranheza em vermos mulheres que teem característicos masculinos no seu físico, como estranharíamos um homem com características femininas. De igual modo é estranho que na vida do lar tal espírito se manifeste. Por outro lado, Paulo recomenda aos esposos um amor verdadeiro por suas esposas. Quando há amor no coração do esposo haverá facilidade na sujeição da esposa. Sujeição sem amor é escravidão. Amor sem sujeição é fraqueza moral. Nenhum lar poderá ser feliz sem que haja amor nos corações. E nenhum marido será feliz no seu amor, sem que haja correspondência de afeto por parte da esposa. Quanto ao dever dos filhos é obediência. Não obediência irrestrita, mas obediência no espírito do Senhor.

Mas perguntemos agora: Como será possível realizar esse glorioso ideal na vida do lar? A resposta se encontra no contexto da nossa passagem. O verso 12 nos diz o que torna possível harmonia e paz no lar: misericórdia, benignidade, humildade, mansidão e longanimidade. O verso 13 nos diz: perdoando-vos mutuamente. Assim como Cristo vos perdoou, perdoai também. No verso 14 ele coloca a coroa da vida conjugal feliz. Sobretudo revesti-vos de amor. Sim, porque onde há amor terreno próprio para a desenvoltura de todas as virtudes anteriormente apontadas. O amor é uma espécie de cinturão que enlaça todas as demais virtudes, unindo-as e completando-as para edificação do corpo de Cristo.

Notemos agora dos versos 16 em diante a descrição do espírito do lar onde houver tal compreensão. Ali haverá paz, verso 15; haverá salmos, hinos e cânticos espirituais, verso 16; haverá um espírito de permanente gratidão a Deus por todas as coisas. Interessante notarmos que, assim como o perdão dos pecados nos vem por meio de Cristo, de igual maneira, nossas expressões de gratidão vão a Deus por meio de Cristo. Jesus torna-se assim, de acordo com a linguagem do verso 17, no canal excelente através do qual tanto o louvor quanto a oração chegam até a presença de Deus.

Há pouco os jornais anunciavam que somente em uma vara de família aqui no Rio corriam 316 processos de desquite. Por que? Para que? Quais as razões ponderáveis? Incompatibilidade de gênio, bebedice, vícios, etc., eis algumas causas. O remédio, entretanto é somente um: O Evangelho de Cristo nos corações. Desquite não traz solução, mas Cristo pode trazer solução a qualquer problema por mais intricado que seja. Fiquemos com os conselhos da Palavra de Deus, porque são eternos e trazem solução verdadeira.

 

EM: A VOZ DA ESCOLA BÍBLICA DO AR

Ano II - Setembro de 1953 – número 5

Pastor David Gomes

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