Lc 11.1-13. Fp 4.6-7
Hoje vamos considerar o lugar da oração nos crescimento do crente em Deus. Deus quer que nós lhe falemos; mas não que lhe apresentemos somente as queixas e problemas da vida. Em Jesus temos o supremo modelo de oração. Temos várias orações de Jesus nos Evangelhos. Ele não recitava, não rezava, mas orava. Ele deixava que seu coração se derramasse em adoração diante de Deus antes de apresentar-lhe qualquer pedido. A oração que temos como modelo tem início na declaração: “Pai, santificado seja o teu nome”. Ninguém pode orar a Deus a menos que o reconheça como Pai e Senhor. E ninguém pode chegar à majestosa presença de Deus sem que anele no profundo de seu coração aquela santidade, aquela glória de pureza que está em Deus. E ninguém poderá sentir no fundo do coração amor a Deus sem que anele pelo dia quando os homens o reconhecerão como Senhor, trazendo assim Seu Reino ao meio dos homens. Por isto Jesus nos manda orar “Venha o Teu Reino”. Depois da adoração mais profunda vem à petição do pão material. Não é o pão da riqueza, do desperdício, mas o pão para o dia em que estamos vivendo... Jesus não encoraja o materialismo crasso que cega o homem e aniquila a alma... Finalmente, o pedido de perdão; não um perdão egoísta, arrogante, mas o perdão que se baseia numa atitude de amor... “Perdoa-nos... como nós perdoamos”...
Depois de haver dado aos seus o modelo de oração, Jesus lhes apresenta a técnica da oração. Começa por narrar-lhes a parábola do homem que à meia noite pedia a um amigo que lhe emprestasse três pães... Notemos que na oração aprendemos a pedir pão para cada dia; aqui temos um amigo que procura pão para uma emergência; mais adiante no verso 12 Jesus diz que ninguém dará pedra por pão. Temos aqui garantida implicitamente a aceitação da oração por parte de Deus. Este é o ensino do verso 13: “Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vos dará o Pai Celestial”...
Deus ouve a oração e quer que oremos. Os versos oito a dez nos mostram que Deus se agrada, igualmente, que lhe peçamos com insistência... “porque, qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á”. Temos aqui uma das mais gloriosas promessas da Bíblia. E Jesus a coloca em termos de importância crescente de interesse. É mais intenso o ato de bater que o de pedir simplesmente. Lembremos, entretanto, que as promessas divinas teem sempre dois lados: No primeiro está Deus que atende; do outro lado, o pecador que satisfaz as condições. Tiago diz em sua epístola: Não tendes porque não pedis; pedis e não recebeis porque pedis mal, isto é, em desacordo com a vontade de Deus. Será esta a maneira que ora, meu ouvinte?
Por que clamam os homens, sem encontrar solução para os seus males? Simplesmente porque o homem natural busca solução para seus problemas em sua própria força. Deus nos convida a orar, mas muitos homens, milhares nesta cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro nunca levantaram os olhos aos céus para agradecer a Deus as bênçãos inumeráveis da vida. Deus convida os homens à oração; mas os homens buscam divertimentos, amizades e prazer, sem se preocuparem com Deus... Deus convida os homens a pedirem, a baterem e a encontrarem também a resposta gloriosa, mas os homens preferem os terreiros do mal... Amigos, façamos deste momento um momento de reflexão. Repitamos aqui as palavras do tradicional hino de oração:
O JARDIM DE ORAÇÃO
O jardim onde Cristo me espera É lugar de delicias e de paz. Pois o brilho de sua presença, Dá-me vida real e eficaz
Oh! Que lindo jardim, o jardim de oração Oh! Que lindo jardim de oração.
Meu Jesus perto está; o portão se abrirá Deste lindo jardim de oração.
Meu Jesus num jardim está esperando Onde eu vou suplicar-lhe perdão; Quero ouvi-lo falar, confortando, Neste lindo jardim de oração.
EM: A VOZ DA ESCOLA BIBLICA DO AR Ano III – Setembro de 1954 – número 9 Pastor David Gomes